quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Jordy chama Aneel para explicar rescisão de contratos para geração de energia “limpa”

     
     
Do Portal PPS
  
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PA), protocolou requerimento em que solicita a realização de audiência pública para discutir a rescisão de 25 contratos para geração de energia eólica e solar, considerada as fontes mais limpas do mundo.
  
O parlamentar se baseia em decisão tomada no último dia 28 de agosto, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou o primeiro leilão para “descontratar” energia elétrica. Ao final do leilão, a Aneel anunciou que descontratou 25 projetos, somando 557 megawatts. São dezesseis projetos de energia eólica e nove de energia solar.
  
Na proposta de audiência, que precisa ser votada pela comissão de Minas e Energia, o parlamentar sugere que sejam convidados o diretor-geral da Aneel, Romeu Donizete Rufino, o secretário de Planejamento do Minas e Energia, Eduardo Azevedo e especialistas no setor de energias alternativas.
  
Jordy alega que o País tem grande potencial para geração de energia limpa e que esta produção precisa ser incentivada.
   
“O Nordeste é hoje um dos principais polos de energia renovável do Brasil, em especial de eólica – a região concentra 82% da energia dos ventos gerada. No final de 2016, o governo federal já havia cancelado a contratação de projetos eólicos. Assim, é preciso debater a decisão de descontratar projetos de energia eólica e de energia solar, considerando que pouco mais de 1% da energia produzida no país tem essa fonte limpa e renovável, com grande potencial de desenvolvimento”, justificou o deputado paraense.
  
Na contramão
  
Arnaldo Jordy avalia que “a decisão tomada (pela Aneel) parece estar na contramão do que seria o necessário: incentivar a geração de energia eólica”.
  
Para o deputado, as fontes de energia renováveis devem ser prioridade se houver necessidade de contratação de energia no futuro.
  
“Há um compromisso firmado na COP 21, referente às metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris pelo qual o País precisa aumentar a participação de energias renováveis em sua matriz energética”, acrescentou.
     
   
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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