quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Após aprovação de financiamento bilionário para campanhas, líder do PPS defende fim do fundo partidário


     
Do Portal PPS
  
O líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), afirmou na tarde desta quinta-feira (10) que é um “escárnio” a aprovação de um fundo na ordem de R$ 3,6 bilhões para patrocinar campanhas eleitorais, conforme decidiu nesta madrugada a Comissão Especial da Reforma Política da Câmara dos Deputados.
  
O parlamentar disse que só faz sentido de este projeto ir adiante, se, por outro lado, o Congresso extinguir o fundo partidário.
  
“O povo não vai aceitar (o fundão). Ele vai sair caro para o momento em que vivemos. O ideal seria extinguir o fundo partidário. Até porque esta reforma teria como objetivo tornar as disputas eleitorais mais baratas. O que foi aprovado na comissão somente favorece os grandes partidos. É uma farra que beneficia as grandes legendas”, criticou o parlamentar.
  
A Comissão Especial ainda precisa analisar destaques à reforma política e, somente após esta fase, a matéria vai ao plenário. Como é uma proposta de emenda à Constituição, são necessários os votos de 308 deputados federais, em dois turnos de apreciação, antes de a proposta seguir para o Senado.
  
Distritão
  
Arnaldo Jordy também reiterou as críticas a outro item da reforma: o distritão. Pelo que foi aprovado, para as próximas eleições, em 2018, apenas os deputados e senadores mais votados em cada unidade da federação seriam eleitos. O sistema atual é chamado de proporcional – para ser eleito, o candidato conta com os seus votos e com aqueles dados ao partido ou à coligação.
  
“O que está se discutindo e propondo na reforma política nesta Casa é exatamente a oligarquização e a não renovação desse sistema que está absolutamente sem crédito diante das pessoas no Brasil”, disse.
  
  
Foto: Robson Gonçalves
    
  

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