quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Jordy: Cassação de Cunha ou desmoralização são as opções da Câmara

     
Do Portal PPS
  
“O Brasil não espera outra coisa da Câmara dos Deputados que não seja a cassação desse delinquente compulsivo chamado Eduardo Cunha”, disse o vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), ao falar sobre sua expectativa em torno da sessão da próxima segunda-feira (12) que votará o parecer do Conselho de Ética que pede a cassação do ex-presidente da Casa.
  
Jordy foi o primeiro parlamentar a entrar na Corregedoria da Câmara com representação contra Cunha por quebra de decoro por ele ter mentido à CPI da Petrobras, afirmando que não tinha contas no exterior. O parlamentar também mobilizou a representação dos partidos na Casa para procurar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acabou denunciando o então presidente no Supremo Tribunal Federal, que determinou seu afastamento do mandato.
  
Segundo Jordy, não há outra alternativa para a Câmara a não ser a cassação, se a instituição quiser “representar minimamente os interesses da sociedade brasileira”. O deputado ressaltou que “as provas contra Cunha são absolutamente torrenciais e as evidências da quebra de decoro parlamentar são muito claras”.
  
Pena mais branda
  
Sobre a possibilidade de o plenário acolher a tese dos aliados de Cunha e optar por uma pena mais branda do que a cassação de mandato, se espelhando no fatiamento que foi feito pelo Senado, na votação do impeachment de Dilma Rousseff, Jordy afirma que “não há a menor condição, até porque a cassação de Cunha não é baseada no artigo 52 da Constituição Federal, como o impeachment”.
  
Para Jordy, “o Congresso não pode se lançar a nova repulsa da opinião pública como ocorreu quando do fatiamento da votação no Senado”. O parlamentar salientou que nem mesmo se trata de assunto da mesma natureza. “Um é impeachment, outro é cassação por quebra de decoro, cuja pena já está estabelecida e é a cassação”. Jordy disse que a bancada do PPS votará integralmente pela cassação.
  
Jordy acrescentou que os brasileiros estão acompanhando todos os passos do processo contra Cunha que se desenrola na Câmara. “Por isso mesmo, a sociedade deve fiscalizar o voto de cada parlamentar”.
  
O deputado lembrou que o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Receita Federal e a Polícia Federal são unânimes em afirmar que as contas descobertas na Suíça são de Eduardo Cunha. “Também o Conselho de Ética da Câmara abrigou a tese da quebra de decoro por ele ter mentido à CPI. Basta apenas o plenário confirmar aquilo que já está pacificado ou se desmoralizar enormemente perante a opinião pública”.
  
    
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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