quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Jordy: CPI trata escândalo como miragem

  
  
Do Portal PPS
   
Ao blindar políticos e figuras-chave que estão no raio de investigação da operação Lava Jato, o relatório final da CPI da Petrobras trata o escândalo como uma “miragem”. A crítica é do vice-líder do PPS na Câmara, deputado federal Arnaldo Jordy (PA).
   
“Esta foi uma semana inusitada e gerou muita estranheza, muita preocupação e muita indignação por parte da maioria dos homens e mulheres de bem deste país. Nós assistimos ao relator da CPI da Petrobras apresentar o parecer praticamente dizendo que nada aconteceu na estatal. O relatório diz que tudo isso é uma miragem, que nada aconteceu na Petrobras, que não houve desvios”, afirmou o parlamentar paraense.
   
O parecer de Luiz Sérgio Luiz Sérgio (PT/RJ) apresentou não contém o indiciamento de nenhum político ou outra autoridade com foro privilegiado. Nesta quinta-feira, o texto começou a ser discutido, mas em virtude do início da Ordem do Dia no Plenário, o processo de análise da matéria foi interrompido.
   
Jordy disse que enquanto a CPI da Petrobras ignora o esquema de corrupção na estatal, a força-tarefa da Lava-Jato, em paralelo, revela “todo dia, toda semana, novos escândalos, novas denúncias, novas prisões, novos envolvimentos, novas práticas dilapidadoras desse patrimônio que é a Petrobras”.
   
O parlamentar também criticou afirmação da presidente da República, Dilma Rousseff, feita na Finlândia nesta semana, de que no governo dela não há corrupção.
   
“É exatamente o contrário a que os brasileiros estão assistindo, também todos os dias, nos noticiários: falência de gestão, crise econômica, crise moral, membros do Partido dos Trabalhadores cumprindo pena na cadeia, ex-ministros denunciados. E nós aqui assistindo a esse surto da Presidente, que diz que nada está acontecendo no seu governo em relação à corrupção”, destacou.
   
Cunha
  
O parlamentar comentou ainda sobre os que fazem críticas seletivas a Dilma Rousseff ou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), investigado no âmbito da Lava Jato por ser titular de contas secretas na Suíça que teria recebido recursos oriundos de propina da Petrobras. Dilma é alvo de de diversos pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados. Também teve suas contas reprovadas por unanimidade no Tribunal de Contas da União (TCU).
   
“Acho que não podemos ser seletivos nas coisas. Este país precisa apurar, doa a quem doer, essas responsabilidades. Alguns partidos são de uma nota só, só criticam o senhor Eduardo Cunha e fazem vista grossa ao que está acontecendo com a presidente da República, com outros segmentos e personalidades. E outros fazem exatamente o inverso. Então, não podemos mais ser seletivos. Nós temos que apurar as improbidades, as irregularidades, os desvios, os crimes praticados. É isto que a opinião pública deste País quer: que este País possa ser passado a limpo”, afirmou.
   
  
Foto: Robson Gonçalves
  
  

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