segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Câmara Federal abre exposição sobre a Cabanagem

 
 
A Câmara dos Deputados promove a partir desta terça-feira (22), em Brasília/DF, a exposição “Nas Trilhas da Cabanagem", revolta social ocorrida de 1835 a 1840, durante o Império, na província do Grão-Pará, hoje Pará.
   
A exposição, que ficará por um mês em um dos locais de maior fluxo de pessoas da Câmara - o corredor de acesso ao Plenário Ulysses Guimarães é fruto de proposição do deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), que contará ainda com audiência pública na Comissão de Cultura, em homenagem aos 180 anos do momento histórico. O curador da exposição, que terá fotos, cartazes e documentos da época é o professor Emanuel Franco Ferreira.
   
A audiência acontecerá às 10h desta terça, no plenário 10 do Anexo II, com transmissão pela TV Câmara na Internet. 
  
O levante
 
O período da revolta da Cabanagem foi marcado por um cenário de extrema pobreza, fome e doenças e o conflito aconteceu devido à irrelevância política a que a província foi relegada pelo Príncipe Regente após a Independência do Brasil de Portugal. O principal objetivo dos revoltosos era a conquista da independência da província do Grão-Pará. 
  
Antecedendo a revolta, houve uma mobilização na província para expulsar forças as que desejavam manter a região como colônia portuguesa. Muitos líderes locais da elite, ressentidos pela falta de participação nas decisões políticas do governo centralizador, se uniram ao movimento, insatisfeitos após a instalação do governo provincial. Os cabanos (índios e mestiços, em sua maioria) pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida); a elite (comerciantes e fazendeiros) queria obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província.
   
A revolta teve início em 06 de janeiro de 1835 com a tomada do quartel e do palácio do governo de Belém por tapuios, cabanos, negros e índios liderados pelo lavrador Antônio Vinagre. Terminou após cinco sangrentos anos de combates entre cabanos e tropas do governo central. Em 1840, muitos cabanos tinham sido presos ou mortos, e estima-se que cerca de 30 mil pessoas morreram durante o conflito. A revolta, no entanto, terminou sem que os cabanos atingissem seus objetivos.
 
 
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
(61) 3215-3506 / 8276-7807
  
  
   

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