segunda-feira, 23 de março de 2015

Comissões discutem exploração ilegal de madeira na Amazônia

    
  
Da Agência Câmara
  
Brasília/DF - As comissões de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados realizam nesta terça-feira (24) uma audiência pública para discutir o desmatamento e a exploração ilegal de madeira na Amazônia Legal.
  
Um dos focos do debate, sugerido pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), são os impactos ambientais, sociais e até culturais que podem ser causados pela chegada de arrozeiros oriundos da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, aos campos da Ilha de Marajó (PA), com a proposta de plantio de 300 mil hectares de arroz. Segundo Jordy, “há denúncias de que não estão sendo feitos os estudos necessários acerca do impacto da rizicultura, que poderá ter agravantes para as comunidades de várias cidades da ilha.”
  
Já em relação à exploração ilegal de madeira, o deputado ressalta que uma investigação realizada pelo Greenpeace nos últimos dois anos concluiu que a prática é regra na Amazônia, “alimentada pelas falhas nos sistemas de controle do poder público”. O estudo aponta que, entre 2011 e 2012, 78% das áreas de extração de madeira no Pará não tinham autorização. “Além disso, o Greenpeace identificou um sofisticado sistema instalado para vender madeira ilegal com documentos que atestam sua legalidade, o que permite a entrada da madeira ‘suja’ no mercado nacional e internacional”, afirma.
  
Foram convidados: 
  
- o coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil, Márcio Astrini;
- o procurador da República do Ministério Público Federal, Bruno Valente; 
- o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Jair Schimitt; 
- o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Ferando Perondi;
- o coordenador do Programa Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano;
- o presidente da Associação de Exportadores da Amazônia (Aimex), Roberto Pupo; 
- o secretário-adjunto de Gestão de Regularidade Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Pará, Hildemberg Cruz; e
- o pesquisador Sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo.
   
O debate ocorre no plenário 8, a partir das 14 horas.
    
  

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