sexta-feira, 5 de julho de 2013

Travesti paraense nega em CPI comandar rede de tráfico de pessoas para SP

 
Do Portal PPS
Por William Passos
 
São Paulo/SP - O travesti Giovane Monteiro Cardoso, Conhecido como Hana Maiorana, negou ontem (4) que comande um esquema de agenciamento e exploração de rapazes para fins de prostituição no estado de São Paulo.
 
Giovane prestou depoimento à CPI do Tráfico de Pessoas, a pedido do presidente da Comissão, deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo.
 
Ele contou aos parlamentares que nasceu no Pará e está há 11 anos se prostituindo em cidades paulistas. Hana Maiorana foi presa no mês passado em Jundiaí, na região metropolitana, sob a acusação de trazer pessoas do Pará e do Amapá para fazerem programas sexuais no Sudeste.
 
O depoente alegou que nunca foi favorável à cobrança do que é conhecido como "pedágio" - percentual dado a um cafetão que agencia garotas e garotos de programa. "Não há tráfico de pessoas. Nunca mandei buscar ninguém", disse o travesti.

Arnaldo Jordy questionou o acusado sobre de onde viriam suas economias. O deputado chegou a mencionar o fato de Hana Maiorana ser proprietária de três veículos, um deles, um carro blindado.

O depoente disse que antes de ser presa tinha uma renda mensal que variava entre R$ 6 mil e R$ 9 mil. E que seus ganhos são acrescidos pela comercialização de roupas e outros objetos que vende aos próprios travestis, classificados por Hana, como sendo "apenas amigas".

Após a oitiva, Jordy disse que o depoimento do acusado não foi convincente. "Há muita coisa a ser apurada", acrescentou.
 
 

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