quarta-feira, 9 de maio de 2012

CPI do Tráfico Humano receberá informações do Sisbin

   
 
Brasília/DF - Deputados membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o tráfico de pessoas no país foram recebidos hoje (09) pelo Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o General José Elito Siqueira. Participaram da reunião os deputados Arnaldo Jordy (PPS/PA), Flávia Moraes (PDT/GO), José Augusto Maia (PTB/PE), Liliam Sá (PSD/RJ), Janete Capiberibe (PSB/AP) e Paulo Freire (PR/SP). A reunião teve como objetivo solicitar o apoio do gabinete, para fornecimento de informações acerca do crime no país.

O deputado Arnaldo Jordy que preside a CPI, disse ao Ministro-Chefe, que o tráfico de pessoas atinge cerca de 4 milhões de pessoas no mundo, faturando mais de 30 bilhões de dólares ao ano, onde só no Brasil foram identificadas mais de 200 rotas nas quais as quadrilhas operam, seja no tráfico de pessoas para pedofilia, trabalho escravo, mercado de órgãos ou para prostituição, sendo esta a forma mais comum. "É imprescindível a parceria com os orgão de inteligência e informação, de modo a formar uma simbiose necessária para alcançar os objetivos da CPI", afirmou o parlamentar, que citou também escolinhas de futebol e agência de modelos como possíveis fachadas para o crime.
 
Para Flávia Morais, deputada goiana encarregada da relatoria da CPI, seu estado é um dos que registra maior incidência de casos no país. "Crime que necessita de melhorias tanto na legislação de enfrentamento quanto nas políticas públicas que dêem suporte à vítimas, em sua grande maioria mulheres e jovens", afirmou.
 
O General José Elito afirmou que o GSI colaborará com o necessário para dar suporte aos trabalhos da Comissão, colocando à disposição o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), um conjunto de órgãos governamentais que integra ações de planejamento e execução das atividades de inteligência no Brasil. "O Sisbin está presente em todos os Estados, portanto temos condições de dar apoio no mapeamento da incidência deste tipo de crime no país", completou o general, que já comandou a força de Paz da ONU no Haiti e naquele país também combateu o tráfico de pessoas.
   
Já Lilian Sá chamou a atenção para a grande quantidade de meninas desaparecidas no Rio de Janeiro, sem que as polícias tenham condições de investigar a quantidade de ocorrências, e para a fragilidade das fronteiras, o que facilita a operação das quadrilhas que traficam pessoas.
 
A CPI instalada no mês passado na Câmara dos Deputados, tem como objetivo conscientizar, debater e propor formas de combate até mesmo novas Leis para a interrupção deste crime. A comissão já conta o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, da Polícia Federal e da Ordem dos Advogados do Brasil para os trabalhos.
 
 
Assessoria de Comunicação
Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
(61) 3215-1376 / 8276-7807
 
 

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